sexta-feira, 12 de abril de 2013

Blood Mania - 1970


Um  título enganoso, pois  me fez pensar que estava diante de um slasher sanguinolento (gênero que não aprecio muito), mas encontrei algo bem mais interessante do que simplesmente jorros de sangue em profusão:  Sexo softcore, melodrama, terror, thriller psicológico e comédia de humor negro no balaio, menos blood(sangue) e mais boobs(peitos). O resultado é um filme, obviamente, confuso, pretencioso e bizarro para os padrões de bom gosto.  O que claro, não é ruim. Já expressei aqui inúmeras vezes meu fascínio por estes filmes onde a insanidade parece tomar conta até do diretor. Tenho mesmo um fraco por filmes imperfeitos, grotescos  e incoerentes, onde o pulso ainda pulsa, mesmo que seja em uma única sequência. O filme foi motivo de piada na “Frightmare The Series”, um dos incontáveis programas de TV americanos que exibiam filmes B com intenções de deboche( O vídeo pode ser visto no Youtube). Uma produção da fantástica Crown International Pictures, uma das melhores produtoras de filmes Bs dos anos 60 e 70. Direção de Robert Vincent O ‘Neil,  uma carreira curta com apenas 8 filmes, diga-se passagem, quase todos ótimos.  Realizado nos tempos áureos da exploitation americana, na virada da década de 70, tempos em que o espírito de liberdade imperava até no mainstream americano. Drogas, sexo, feminismo, racismo, tratados com desenvoltura como nunca mais aconteceria, e longe da caretice do politicamente correto. O filme que relembro não tem, por exemplo, nenhum personagem que seja remotamente simpático ou normal. Todos deixariam nosso Nelson atarantado e se achando  o maior dos caretas ( que ele era mesmo, aliás). Os críticos e comentaristas do filme apontam o aspecto de “soap opera” do filme, e afinal o que temos  é o retrato singelo de uma família tratada como  uma novela das oito imoral e grotesca.  Pai incestuoso, uma filha ninfomaníaca e psicopata, a outra tola e lésbica,  e no meio o médico  inescrupuloso e com uma namorada que não hesita em transar com o chantagista do namorado para tentar livrar a cara dele. Maria de Aragon, de nome hispano, mas nascida no Canadá, teve neste filme seu papel mais relevante. Ela chegaria até a  atuar em um dos filmes  da série Guerra nas Estrelas alguns anos depois. Nessa época estava casada com Peter Carpenter, ator e roteirista do filme.  Ele é Craig , médico picareta, chantageado por um ex-parceiro, precisa arranjar com urgência 50 mil dólares, caso contrário seu passado como especialista em abortos seria revelado e arruinaria a sua carreira. Para sua sorte, ou azar, Victoria(Maria de Aragon), uma ninfomaníaca rica, que se distraia pintando enquanto o pai permanecia travado numa cama, lhe oferece o dinheiro em troca de favores sexuais. Para conseguir a grana a moça não hesita em matar o pai com uma overdose. O testamento aberto  e  uma surpresa desagradável: para Victoria apenas uma pensão semanal de 250 dólares, e toda a fortuna para a irmã mais nova. E adivinhem o que nosso herói faz? Abandona Victória imediatamente e seduz a irmã rica. A destacar a ótima trilha sonora a cargo de Don Vicent, a bela fotografia e a direção estilizada . Um filme a conferir e que pode ser encontrado no Youtube na “Frightmare  The Serie”, como disse anteriormente.

3 comentários:

combiron disse...

GOSTARIA DE OBETER ESTE FILME , GOSTO DA IMAGINAÇÃO DAS PESSOAS...

combiron disse...

É, EU NUNCA GOSTEI DE TERROR MAS ESSE ME INTERSSA ESPERO QUE TENHA , ALGO SIMILAR AO SOBRE OS INSIDORES QUE SURGIRAM NA EPOCA MEDIEVAL LÁ DAS PROFUNDEZASN DO INFERNO...

combiron disse...

JA FIZ O COMENTARIO QUE SEJA SIMILAR AOS NQUISIDORES QUE USAMVAM METODOS CRUEIS PARA TORTURAR SEUS INOCENTE HEREGE..